[Intro]
As vezes, quero acreditar, mas não acredito
Quero falar, não sei com quem vou falar
Quero xingar, não sei quem vou xingar
Queria estar no infinito, queria estar no infinito
[Verso 1: Caio]
De SP pro infinito oposto (?) carnaval
Imensurável confusão sem final, meu sinal
Nem tão convencional percebo a circunstância
A mente mais aberta e bem menos extravagância
Ecoa alto, ponho sílabas no ar
Trago as chaves pra janelas destrancar
Expandir, enxergar completamente além
De bem mais perto como se três fossem um só
Buscando um campo deserto
Onde a profundidade importa mais que todo resto
Não nos falta aptidão pra ser mais do que protesto
Alto conhecimento pra se esquivar do eu
Soprar a criação nesse abundantemente breu
O verde em que meu corpo repousa é a esperança
Que vem a calmaria dos ventos de água mansa
Pra dança de interpretações, de interrogações
Que as vezes param, mas voltam em porções
Liberto dos grilhões e a maldade na habilidade
Driblando as condições da cidade devemos ver
Que há bem mais nessa existência terrena irmão
Se alma não é pequena, talvez um dia possa entender
Que na hora que é preciso não sabemos o que ser
Nem como estar, o que pensar, o que dizer
Mas creia que nos basta a sensação de navegar
Sem ver o horizonte, sem ter onde atracar
[Verso 2: Pitzan]
Eu só sei do espaço que ocupo nesse instante
Tracei, compasso e régua um caminho brilhante
Pra onde eu vou, venha também
Sol já raiou no horizonte além
Lá, onde as nuvens nascem do chão
O espelho de cristal se torna percepção (ah)
Pra onde eu vou, venha também
Sol já raiou, então partiu o trem
Meias verdades ou duplas mentiras, preste atenção
Se sou a metade [?] minha alma [?], irmão, é pequena e vão
Aquele que inspira (só proteção)
Da mente não tira (só confusão)
Então pare e confira pois nada é em vão
A ciranda não gira numa só direção
Minha intuição é certeira feito a benção do bom Capoeira
Se bate no peito e pega de jeito faz subir a poeira
Não há bandeira só de transito
Que nem mandar é o livre pensar
Não há fronteiras no infinito
É o lugar que a razão não consegue chegar
Eu me permito viajar pelas frequências do som
E no quadro que aqui vou pintar, cada cor é um tom
Agradeço as palavras de Eron
Também quase sempre me encontro assim
Se o mundo traz flores de papel crepom
Eu trago fogo pro teu jardim de ilusões
Sobram razões pra ter, só me restam razões pra voar
Após Algumas Estações e Sonho Dourado ainda a brilhar
No olhar dos meus é confirmação
Tu segue o batuque na palma da mão
Em nome do pai, do filho e do espírito santo
Que os Orixás protejam meu canto
[Outro: DJ PG]
Eu disparo e paro no infinito
Reabasteço, sigo em frente, é bonito