Quem vem do cemitério pela rua do antigo teatro, chegando ao largo onde estão as ruínas da igreja dos jesuítas, vira à direita, para a rua da estação do caminho de ferro, e segue sempre em frente, acompanhando a linha do comboio, até chegar a um barracão a que chamam museu e onde guardam as velhas locomotivas a vapor e as ferrugentas carruagens de bancos de madeira
Aí, mete pela rua onde não passam carros até chegar a um quiosque, daqueles redondos, frente ao qual, do lado esquerdo da rua, existe um cafézinho com esplanada onde ainda servem café de saco
Entra pelo café e sai pela outra porta, que dá para a rua do jardim
Contorna depois o lago dos cisnes, em direcção ao cruzamento com semáforos, e mete pela avenida do cinema, no sentido do novo bairro administrativo, até chegar a um arranha-céus acabado de construir
Aí, vira à direita para a rua que passa pelas piscinas recentemente inauguradas e, chegando ao centro comercial em construção, aquele que dizem vir a ser o maior da Europa, com não-sei-quantas lojas e não-sei-quantos andares, enfia pela rua que ladeia os terrenos destinados ao futuro complexo desportivo no fim da qual encontra a maternidade, maternidade
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!
O tempo não espera por mim!