Quando das águas de um açude não se ouve mais
O mergulhar da jaçanã, do patori
Quando o bichinho punaré já vem cansado de brincar
Vai se anhinhando num cantinho para dormir
A serigóia nas quebradas anuncia
Que o sol acaba de guardar seu calor
Para dar lugar à luz que as noites alumia
Sua beleza enfeitada pela cor
É lua cheia e os casais de passarinhos
Enquanto espiam vão tentando se aquecer
Até os peixes vão chegando de mansinho
À beira d'água como se quisessem ver
É quando ouve-se das cordas de uma viola
Uma cantiga de amor que enche o ar
Então o céu agradecido e como prova joga um punhado de estrelas no lugar