Viajo no tempo
Bafos com o passado
Converso com o vento
Remates ao lado
Ensinaram a mente
A deixar o corpo dormente pa sempre
Cá dentro
Sinto que tou diferente
Mais frio que os pólos
Ódio nos esporos
Sombrio nos olhos
Sorrisos tão mortos
Sou tio dos corvos
E eles soltam o choro
Eu samplo os gritos
Ponho los num beat
Recito versículos
Conto capítulos
Contos e livros
Exponho de livre
Vontade
O que foi vivido
Tudo o eu vejo
Os meus desejos
O meu beijo dado à morte
Chama-lhe suicídio
Eu chamo-lhe o início
De uma carreira a solo
Pela minha família pelos meus Niggas
Até Morrer
Música a minha vida levo a Rima
Até Morrer
África no meu sangue manu sou Negro
Até Morrer
Hummm Até Morrer
Hoje fodo um pulmão
Não com o fumo mas pelo uso
Abuso da minha vocalização
Presta atenção
Como conduzo no escuro
E atropelo o chello
Sou o futuro mas chulos dizem que não
Wuahh chacinação
Rappers tem medo do P
Convidam só pa refrão
Assopro o balão
Vodka no copo na mão
Tou high não toco no chão
Meu pai não foste em vão
Contigo aprendi a arte da navegação
Na escuridão
Comi do chão
Vi quem tava comigo
Quem não
P cantava com wis
Que nunca sentiram na vida a falta de pão
Acendo um canhão
Espero a elevação
Do espírito
Com a carbonização
Do químico
Que respiro
No pulmão
Sinto o alcatrão
Bem rígido
A chamar-me de cínico
Não tusso
Abuso
E recuso a parar
Mesmo que me leve ao túmulo
Assumo lo
Não sou como tu eu subo no
Topo do mundo um fumo uma
Celebro para mim sou número um
Desde dentro do útero
Surgia um ser único
E hoje sou músico
Acredito mais em mim do que tu