Pa todos os Malucos
Apaixonados pelo escuro
Meu people do Oculto
Os Malucos
Hoje fazemos fumo
Queimamos o Mundo
O Mundo é nosso
Dizem que não
Então tornei-me vilão
Cansei da opressão
Bloqueio a emoção
Soqueio em linhas
Em cheio com rimas
Num meio onde eu só vejo ilusão
Penso no cifrão
Mas não
Sou controlado pelo pecado anão
Porque isto é negócio
E não há coração
Dizem ser teus sócios
Passam por teus irmãos
Mas só querem teu pão
Teu queijo
Teu queixo no chão
Te aleijam cortejam te beijam a mão
Dirão que és patrão
Manipulação de emoção
Encenação acção
Filmes de acção
Assalto ao bolso
A cada tostão
Crias desgostos
Desilusão
Depois és posto numa situação
Onde és monstro e perdeste a noção
E tudo o que foste é posto em questão
Só pensas em socos, esqueces a razão
Chamam-te louco a tua paixão
Pela verdade, a honra
Aquilo que a guita não compra
Aos amigos às sombras
Que nadaram contigo nas ondas
Então decapito as cobras
Cada vez que vomito as cordas
Porque eu sei quem são os meus brodas
Os meus brodas nigga...
Pa todos os Malucos
Apaixonados pelo escuro
Meu people do Oculto
Os malucos
Hoje fazemos fumo
Queimamos o Mundo
Acendemos as ruas
Dançamos com o fogo
Deixamos as escuras
Assumimos controlo
Elevamos as gruas
E chegamos ao topo
Roubamos a lua
Dividimos com o povo
Soltamos os lobos
Mostramos quem manda no jogo
Estamos cansados do lodo
Queremos pedaços do bolo
Não somos rapazes do coro
Somos marados papoite
Viciados na noite
Aqui não há espaço para a sorte
Já há o percalço da morte
Por isso lutamos, morremos pa espalhar o nome
Andamos descalços no monte
A procura da fonte
De rendimento que crie uma ponte
Que alimente todos os nossos sonhos
A nossa gente, com os nossos sons
Por isso em frente
Sempre bem crentes
No nosso talento
No que fazemos
Aqui sabemos, com quem contamos
Quem são os manos nigga
Pa todos os Malucos
Apaixonados pelo escuro
Meu people do Oculto
Os malucos
Hoje fazemos fumo
Queimamos o Mundo