Ainda pivete, graças ao rádio “Transglobo” de seu pai,
Junio Barreto começou a notar que a distância entre Caruaru e o resto do mundo era menor do que sugeriam os livros de geografia. Sabedor da ausência de fronteiras da música, guardou os ritmos do agreste no juízo e se mandou, ainda adolescente, pro Recife. Aboios, violeiros, baião, banda de pífanos, frevo, côco, xaxado; levou tudo junto em seu matulão.Ouviu muito rock inglês, fez seu próprio rock, liderando a banda Uzzo, compartilhou da gestação do mangue beat. Os comichões só aumentaram, e Barreto pegou a estrada de novo.Impregnado de agreste, sertão e litoral, aportou na concrete jungle paulistana suavemente, sem alarde.Aos poucos São Paulo foi se abestalhando com o namoro de ca...
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