Quem deu fé em fé dispôs-se
Quem tem pernas esperneou
Quem viu corda ao pescoço
Se é safado se safou
Quem tem escola foi a Sagres
Quem se sente pinta a manta
Quem não bebe e é borracho
Muito raro se alevanta
Quem viu bem mudou de lado
Quem foi mal repiorou
Quem tem cá protecturado
Não fez fila nem pagou
Quem teve aula de bandido
Leva afago de luva branca
Quem viu cabras na pastagem
Lhes cantasse a moda franca
Siga a rusga!
Siga a rusga, fé e ouro
Siga a rusga, que é pecado
Siga a rusga, ó senhor
Siga a rusga, se é refém
Siga a rusga, baixe lá
Siga a rusga, malhe o ferro onde a volta dá
Siga, siga agora
Siga, siga a rusga agora
Siga a rusga, foi bem boa a nossa hora
Quem fez caso não descase
Quem tem queda se quedou
Quem sumiu não se alheasse
Deve ao estranho que aportou
Quem correu raia pisada
Hoje toma a carreteira
Bota aí a champanhada
Que é noite de sexta-feira