Eu vim pra debulhar os aramados dos quintais
Sacudir as estruturas de um tal cenário teatral
Tem que preservar, mas não carece ser igual
Cada mate é um sentimento deste rancho universal
Pago pra ver o pago pegando fogo
Perco a guaiaca mas não perco o jogo
Posso gostar da chula
Mas não preciso ser uma mula
Posso me orientar
Eu vim pra debulhar os aramados dos quintais
E embalar um tranco doido de bagual
Se aprochega, companheiro
Traz a prenda e vem dançar
Vamos contar lorota
Tomar trago e prosear
Esta vida é uma tranqueira
Mas não vamos se entregar
Que seja rock ou vaneira
Só é preciso respeitar
Pr'o seu bugio poder bailar
Eu vim pra debulhar os aramados dos quintais
Incomodar os "coisa ruim"do terreiro regional
A fé, o canto e o sonho; que deixe ser ao natural
Cada som tem um momento neste pago universal
Dou uma talagada e outra pro santo
Penso na vida, tento falar o esperanto
Não se pode contar com a sorte
No trote vasto do caminho
Minha sina é tentar
(Rodrigo Martins/Felipe Mello,
Rodrigo Osório, Daniel Conceição)