[Verso 1]
A criminalidade toma conta da cidade
Poetas na sarjeta vendo a glória da vaidade, futilidade
Não que tudo tenha que ser político ou outro ritmo
Mas que exercite o pensamento crítico
Pra ser mais chato eu prefiro ficar na bola as vezes
To invisível pra alguns, assim, já tem uns meses
Na melhor hora a vida bate e tu sente
Palavra e caminhada, é preciso ser coerente (Me obrigue)
Não colo com os histéricos de vida mansa
Cansa, to velho demais pra essas danças
Há sempre alguém dizendo algo que faz sentido
Ctrl+c, Ctrl+v e vários tão ai perdidos
É natural eu sei, “é um processo de desenvolvimento”
Eufemismo pra falta de talento
Algumas coisas nunca mudam e noiz é do boombap raro
E felizmente eu não consigo ser mais claro
[Verso 2]
Deixa eu falar de coisa séria todo mundo zoa
Expurgo um demónio todo dia, é a terra da garoa
Onde o mano sem pai no rg diz que é contra o aborto
Mais uma vítima causando desconforto
Mundão ta tipo lotação em horário de pico
Controle de natalidade é só papo de rico
Eu fico na indignação, e nessa idade a gente ta blindado
Só minha gata derrete esse coração gelado
Sou teoria da conspiração, caixões pro mundo
Google me baby, e eu garanto ser bem mais profundo
Cada palavra uma energia e sua condição
E eu gasto pouco, mas sou mestre em manipulação
Consumidor bem elevado, eu to ligado na cena
Fazer dinheiro pra vocês eu sei não é problema
Será sucesso acumular seja lá o que for?
Nesse cenário eu sigo sendo o monstro e o doutor, ha