[Verso 1]
Não sei se é caso de rever conceito
Eu fui buscar alívio e calmo enxergar meus defeitos
Olhei pra ti e entendi meus anseios
Perdão, tô meio Maquiavel
Comigo aqui os fins justificam os meios
Sei que esse fardo a gente não escolhe
Desde 2011 trouxe [nenhum ou nem o?] bronze, Chapolin encolhe
É bem difícil, o sacrifício é dilacerador
É quase a perda de um sentido, é amplificador
Tipo sair na mão com o exterminador
Um na espinha e o silêncio tão revelador
Ninguém deve ser pilar de um sonho
Se não castelos e ruínas assim eu suponho
Componho a revanche da avalanche
Após o mar que me engole
Na guilhotina antes que o carrasco decole
A sua partida pra mim foi o último gole
E as suas lágrimas foram sagrado desfile
[Ponte]
Dói
Só de imaginar, só de imaginar
Só de imaginar, só de imaginar
[Verso 2]
E eu nem penso em ter controle de nada
Igual no Black Mirror tua visão apurada
Eu me arrependo de palavras mal ditas
Deveria conhecer o poder da escrita
Esse é meu ponto fraco e caiu por terra
Contradição da vida e a vida nunca me erra
Não sou culpado, o sentimento é um filho
Não vou sacrificá-lo nesses trocadilho
Ela merece mais que sexo no chão
Os rangão, ela quer voar
Quer ser desejada, viajar, sair do lugar
Eu tinha tudo menos experiência
Cada cabeça um mundo, eu tive essa consciência
Que pena amor, eu só queria ser útil
Que pena amor, que pena amor, que pena amor
(eu só queria ser útil)