Quando o sol sobe no céu
Chegam ao jardim os velhos
Honoráveis presidentes
Dos bancos de pau vermelhos
Analisam movimentos
Conferem as florações
Medem o canto das aves
Dão aval às estações
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
Depois, chamam os pombos
De pão e milho dão festins
E os pombos falam com eles
Na língua dos querubins
Quando a tarde se despede
Voltam de novo a ser velhos
Seguem o rasto do sol
No lago feito de espelhos
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
E o dia vai-se acabando
No seu lento e frio afago
Um dia vão subir ao céu
Montados nos cisnes do lago
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim
Dos velhos do jardim
Não há nada no universo
Que aconteça sem o não e sem o sim