Desde 1992 colecionando imperfeições
E se sou fruto de problemas pra que soluções
Não levo mais que as minhas questões já vão lotar uns 10 caixões
Esvaziar mil corações, me agradece depois
Sou animal de hábitos, de vícios, de convívio difícil
Meus pêsames aos próximos no hospício
Já tenho um paraquedas só me falta um precipicio
Resistência não, questão de custo benefício
Opcional de fábrica, com adicional de crítica
Condicional pra adicto, um dicionário liquido
Correndo em veias frias, céticas
Na prática, doação de sangue pra fanáticos
Do útero ao túmulo um capítulo
Que antes de morrer eu escreva um clássico devo algo ao espírito
Trágico, só vejo lição pra ser anti ético
Graças a deus como aluno fui péssimo
Onde pagam pra sonhar já mandei passar no débito
Conforto, tumor do novo século
Meu humor é anti séptico, "doutor, não quero um médico"
Quero o medo da chance de um rato encontrar um cérebro
Refrão:
Deixa cair a chuva ácida
Pra regar rosas sem pétalas
Lavar a alma, Levar a alma
Calma, criança, calma
Nada além de páginas em branco, nada além
Um falso amém pras lágrimas de um santo um falso amém
Avisa minha mãe que eu to bem. peguei um agasalho e tenho 10 reais no bolso
Não comi fritura no almoço
E 24 anos com esse peso na cabeça. deu força nessa luta entre a corda e o pescoço
Falsas conexões que aranhas velhas tecem
Guilhotinas cegas descem
Manequins não sentem, Todos se parecem
Manequins não crescem
Todos se conhecem, pouco se conhece
Sobre cada um seu caos e seu estresse
S O S. o defeito é esse
Corpo com olho aberto se infecta e apodrece
E eu esperava uma sociedade mais podre
Esvazia cabeça e enxe cofre
Lancheira com farinha, Criança na coleira
Não avança na bandeira, como quer o tio patinhas
Isso, queta, trabalha, come e dorme, não morde
Do jeito que ele gosta
Utopia é bosta. vou sonhar com o dia
Em que problemas de postura só causem dor nas costas
Deixa cair a chuva ácida
Pra regar rosas sem pétalas
Lavar a alma, Levar a alma
Calma, criança, calma